Ele cuidava. Aquilo que só o pode fazer quem é grato ao amanhecer.
Ao anoitecer.
Ao vento que acaricia as flores do Ipê branco.
Léo carregava seu tanchim vermelho cheio de pequenas ferramentas no bolso, e quando encontrava algo que ameaçava desfalecer, logo ia lhe ressuscitando a vida.
Uma porta, um armário, uma escrivaninha, um relógio eram, sempre, socorridos antes que fossem apanhados pela inexistência. Tão capaz de consertar o estragado me ensinou o caminho da esperança.
(extraído do Caderno – Cenas órfãs que renascem poesia)
(Imagem -livros irradiantes- Gepeto)