Há um ressentimento
ácido.
Ser um humano.
Não ser titã.
Nem deus, onisciente e indestrutível.
Desgostoso, destemperado, denegrido ,há quem rejeite a própria humanidade-, visceral, feita de carne e luta, frágil, dramática. Apaixonada .
Esse torna-se um humanoide.
Deixa escapar o godzilla que mora dentro.
Vinga-se do humano que ele é em outro humano que não ele.
Surge o nazista.
O medíocre como disse Hanna Arendt, incapaz de discernimento.
O que obedece, sem pensamento, sem sentimento, às ordens execráveis.
Ordens anti-humanas.
A fúria vestida em trajes administrativos, políticos, corporativos.
Intenções. Ideais. Propostas.
Porém apenas ela.
A maldita vindita.
(assistindo Shoah – Claude Lanzmann)