E concluiu Albert Camus – “…é preciso imaginar Sísifo feliz …”
Desafiadora a proposta do filósofo do absurdo .
Sísifo empurra a pedra colina acima.
A pedra desce a colina. O desafortunado repete o movimento. Sem fim (ou o fim faz casa na eternidade).
Castigo de Zeus enfurecido e colérico com a insubordinação, com a astúcia do filho do rei Éolo.
Meus olhos sentem a imagem de duas formas:
Sísifo está consumido na escravizante tarefa de rolar a imensa pedra montanha acima. Ou ser esmagado por ela.
Não há sentido na experiência. Apenas sobrevivência.
Ou
Ele reconhece a pedra.
Ela é sua. Como o é a própria experiência.
Empurrá-la o faz imenso.
Ele e a pedra estão indissociáveis (caminhante e caminho).
Rolar a pedra acima contém
o sentido da vida de Sísifo.
(reflexões para a conferência do próximo sábado na APM em Marília)