Avistei um pássaro que virava a cabeça para trás . Estando o sol a pino hesitei na certeza de que seria uma coruja.
Pois era. Me aproximei pisando em
ovos. Foi então que compreendi que a fofa coruja estava guardando seu ninho. Pude ver mesmo ao longe um buraco que ela agitada vigiava. Com tantos vales nessa cidade parideira de ventos smoothie (doces e refrescantes) a pobre coruja buraqueira fez casa para os filhotes numa praça onde passeiam os cachorros 🐕 e seus donos.
Enquanto eu uma pluma a filmava, surgiu no horizonte 🌃 Cruela Cruel (na versão masculina) e seu lindo blue heeler. Diga-se de passagem que amo dogs, tenho seis.
A praça estava cheia de pássaros 🦅 e o cachorro cumprindo sua natureza deu um carreirão em todos eles , mas não havia percebido a mãezinha que o temia e virava sem parar a cabeça de um lado a outro.
O heeler já retornava ao seu senhorio quando esse aponta para a caburé. Ele diz – “pega”.
Lá vai o melhor amigo do homem cumprir a ordem. Mas caburé é ligeira e avoa bem alto. Levanta as asas gritando furiosa palavras que só os pássaros entendem.
O cachorro corre atrás dela lançando-se para fora da calçada entre os carros. O dono se exaspera e grita o nome do cachorro, mas ele não retorna.
Corre agora Cruela Cruel ( na versão masculina ) atrás do seu amado cachorro. Teme perdê-lo no tráfego. Por fim o heeler sossega e obedece. Não me contive, contagiada pelo grito da mãe coruja 🦉 desesperada com a ameaça, disse a ele : “ nossa por que o sr mandou seu cachorro atacar a pobrezinha ? .”
Evidente que ele me ignorou .